EU, DIRETOR


Michael Chekhov não foi o primeiro e eu não serei o último a considerar que “o ator é o teatro”. A direção e luz e figurino etc. precisam ficar a serviço da história sendo contada através da arte dos atores, como um conjunto de músicos suportam a arte de um cantor ou a fotografia, a narrativa de um filme. Se saímos de um show elogiando em primeira instância o baixista ou do cinema discutindo a fotografia incrível, é provável que a relação do conjunto e o senso de inteireza deixem a desejar.

Com nossa produção de “Boa Noite, Mãe” é muito pouco provável que a plateia, na saída de uma apresentação, comece a falar da direção ou da luz ou de qualquer outra coisa a não ser os personagens, a história em si e o trabalho das atrizes. A direção, como outros elementos, está praticamente invisível, costurada dentro da criação das atrizes de uma forma tão intrínseca que nem eu, nem Fabianna ou Thaís conseguiríamos definir 100% onde o trabalho de cada um começa ou termina. Continue lendo “EU, DIRETOR”